domingo, 5 de abril de 2009

Chuvia chuviscos



“Chuvia chuviscos, e no charco chapinhava o petiz”


Agora eu entendi, e como é bonito. Engraçado pensar que a preguiça em tentar te entender possa ter me privado do sublime prazer. Titularei este escrito como parceria, pois não pretendo criar nada onde não vejo nada que lhe falte, também não posso chamar de filosófico, pois não pretendo pensar ou refletir mais simplesmente expor sentimento. Assim é parceria por ter me despertado algo, da mesma forma que tantas outras coisas que já li. Não que haja por traz da frase ou por traz desse comentário qualquer interesse que não o estético, e ademais posso dizer do espanto estético. Não sou um homem de poucas palavras, não me apego a palavra alguma, porém gosto de telas por perto, entretanto confesso que dessa frase pouco compreendi. A linguagem travava minha apreciação e isso me inquietou, afinal precisamos ou não ter pré-conceitos, pré-informações, para que algo belo nos atinja? Mas também tenho de confessar que algo na frase me penetrou e ai mora minha inquietação, como por traz da frase cujo sentido não compreendi por completo algo possa ter me atingido. Afinal se não compreendo, o que me atinge? Tenho mais perguntas do que respostas, mas isso não torna a questão difícil só faz com que nela fiquemos mais tempo pensando. E esse tempo eu não meço no relógio, mas sim no menino, nesse tempo infinito da velha infância.



Depois de tudo o que eu tenha dito o leitor não venha ter um espanto como o meu, ou a imagem não lhe assole de maneira tão forte, mais o que eu disse, o que me inquietou já deve ter inquietado o leitor em outros momentos em outras leituras.


Imagem de Henri Cartier-Bresson


Gritado Por:


Ailatan Do Contrario - http://contrariandoocontra.blogspot.com/


Adrian Troccoli - http://criticareconstrutiva.blogspot.com/

2 comentários:

Vicky disse...

não consigo imaginar a vida de alguém sem esse contínuo espantar,essa admiração sinônimo de movimento, de descoberta.Ultrapassar os muros internos a nós mesmos que por muitas vezes nos limita,e essa ultrapassagem se faz no olhar o mundo em volta. Vasto mundo esse, vamos admirar mais, afinal a filosofia nasce no espanto.
;*

Natalia Vieira disse...

Agora, perdida em teus textos vi este q não tinha visto...a inquietude prazerosa da leitura inteletual, esta vasta de interpretações sensoriais e originárias...
Saudades de suas parcerias inspiradoras...temos q escrever mais!!!