domingo, 27 de março de 2011

Curtas




O cavalo dorme na grama onde sem tregua o Sol bate. O homem agachado fotografa a beleza bruta do animal. Para o homem o cavalo parecia posar para sua camera, para o cavalo o homem pareceia atrapalhar o seu banho de sol.

...

Quase inicio um incendio. É engraçado como as coisas são.

Difrente para uma igreja quase me torno um incendiario, não que a beleza do troco bem dado a inquisição não valha a pena, mas as cigarras que cantarolavam iam ter que fuder em chamas. Até que essa também é uma bela imagem, não?

Deus morde mas jamais assopra. E sentundo sua mordida me coloquei entre a mureta e o penhasco para apagar a guimba que eu havia largado. E se ela tivesse caido no meio do morro? Teria eu me pindurado para apagar a chama? São muitas perguntas afinal. A questão é que eu estava de costas para a igreja que ficava em cima de um morro sentado em uma mureta de frente para um ribanceira com alguns montes de capim seco, entretanto na maior parte do morro a vegetação era verde. Agora a pergunta principal é porque eu joguei a guimba no capim seco? A ingrime subida deve ter tirado o sangue do meu cerebro, eu acreito nisso, mas não podemos retirar da guimba a sua culpa, ela que rolando para onde eu não havia mirado que se pronunciou ao suicidio precoce de sua chama ou quem sabe um incendio criminoso? Ou será que eu que pensava nessa idéia e que determinei a guimba mesmo de maneira irrefletida?

São mesmo muitas perguntas.


Imagem de Marc Chagall


Música Cavalo de Pau – Alceu Valença



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