domingo, 17 de agosto de 2008

Segunda Parte – Alguém Me Persegue


Ensaio da Morte do Amor


Nada podendo fazer e com o dia amanhecendo nas minhas costas, só pude pegar o carro e voltar para casa, sabia que após uma boa noite de sono poderia voltar a investigar a morte do amor.

Segunda Parte – Alguém Me Persegue

Não cheguei a entrar em casa, acabei adormecendo nas escadas que davam para o meu quarto de hotel, numero 2121. Quando acordei minha vizinha me olhava com uma cara indescritivelmente horrorosa, trazia na cabeça uma toca de bolinhas que quando mexiam faziam um barulho insuportável. Perguntou se estava tudo bem comigo, falou bem mais do que isso, mas só pude compreender isto. Acenei que sim com a cabeça e me levantei, meu cérebro parecia pesar duas toneladas. No que devo ter ido me arrastando cheguei a porta do meu quarto, e com muita dificuldade acertei a fechadura e foi ai que percebi que a porta se encontrava aberta. Quando entrei as minhas coisas estavam todas reviradas. Ouvi um barulho e saquei da minha arma. É eu tinha uma arma. Estava mais pra uma relíquia da segunda guerra mundial, mas era uma arma. Corri até a cozinha e quando cheguei vi o que deveria ser a linda Cristal, minha gata de estimação, totalmente queimada dentro do forno de microondas que ainda girava. É alguém não queria que eu procurasse mais nada naquela cidade, e isso já havia custado a vida da Cristal, e como não possuo mais ninguém o próximo com certeza seria eu.

Fui até a delegacia dar parte do ocorrido. Me atenderam rispidamente não sei se pelo meu corte de cabelo ou se pelo vomitado em minha camisa, conclusão, falaram-me que iriam averiguar o apartamento e procurar na região, mas que provavelmente foi obra de alguns adolescentes sem ter o que fazer. Pedi para usar o banheiro, que ficava entre o balcão e as escadas que subiam para os escritórios dos policiais, salas de armazenamentos e tudo mais. Percebi que os policiais me olhavam de forma inquieta, atrás da minha orelha começava a saltitar uma pequena pulga. Fingi que ia ao banheiro e quando eles se distraíram subi as escadas, grande erro. Com a roupa e a aparência que eu estava só consegui ser enxotado da delegacia, por um policial que mais parecia um soldado neo-nazista do século XXII, e de ter a certeza que eles não investigariam meu caso.

Fui até a esquina onde ficava um pé-sujo, e onde também os distintivos paravam para tomar umas e outras. Conhecia a dona do tal pé-sujo, Natasha, já tínhamos feito sexo algumas vezes, nada de mais. Eu como sempre fiquei até o bar fechar e ela também, como de hábito, me chamou para subir. Ela que morava encima do próprio bar. Tomei um banho e transamos, ela me contou, depois da terceira vez que eu a havia feito gozar, que os policiais andavam falando de um cara que estava atrapalhando os seu negócios. Entre a quarta e o banho, esse final, de despedida, ela também me contou que os tiras estavam por dentro das apostas entorno da morte ou não do amor. O esquema começava a se encaixar. Tanto os policiais quanto os bandidos estavam por dentro, e se eu quisesse uma pista real teria de sair da cidade. Depois do meu banho derradeiro, dei-lhe um beijo e vesti as roupas do falecido marido de minha grande amante. Grande porém não gorda, Natasha devia ter mais ou menos um e noventa e os ombros mais largos que um nadador, seu marido falecera faziam dez anos. Eu o conheci, era um bom homem, só que bons homens morrem cedo. Só tinha um defeito, como se vestia mal o filho da puta. Das dez camisas que lhe restaram ao armário dez eram floridas, e as bermudas mais lhe pareciam sacos de batatas entre as pernas finas. É, bom homem, mal gosto. Despedi-me e parti para o interior, quem sabe lá encontraria o que procurava.

Fui até a estação próxima, mas não consegui pegar o trem, parece que havia ocorrido uma chacina e a polícia fechou o local para averiguar a situação. Eu sabia o que estava acontecendo. Eles não queriam que eu me aproximasse da verdade, e eles sabiam que eu estava no caminho certo. Determinado, e com alguns trocados no bolso passei no armazém de um amigo e pedi-lhe a caminhonete, prometendo-lhe devolvê-la em breve. Como agradecimento de sua boa vontade lhe dei meus trocados. Nesse mundo de hoje nada se é recebido de graça, nem mais a graça divina é zero oitocentos, ela agora custa, e custa caro. E nessa onda de dá lá toma cá me fez dar há sua filha uma carona. Era uma menina de 25 anos, cujo nome eu não ousei perguntar e por isso só a chamava pelo sobre nome do pai, Label, cujo corpo diferia totalmente do pai, ela igual a mãe possuía um corpo simplesmente sensacional. Como bom amigo que sempre fui prometi levá-la e de cuidar muito bem dela, e assim o fiz. Depois de uns cem kilometros em mais ou menos uma hora parei o carro no acostamento e começamos a nos beijar. Ela sabia o que fazia, não era mais aquela menininha que eu virá crescer. Entretanto essa lembrança me fez ligar o carro e ir embora. E a lembrança daqueles peitos pra fora da camisa me fez parar cem metros adiante e novamente pôr lhes a boca enquanto ela gemia. Fizemos tudo o que tínhamos direito, e até algumas coisas das quais não tínhamos direito também. Demoramo-nos umas duas horas, e que depois voltamos a estrada. Dez minutos depois já voltávamos ao acostamento. Demoramos seis horas em um caminho que se faria em situações normais de experiência, com temperatura e umidade do ar ambientes ideais, em duas horas e meia.

Deixei-a na cidade a qual havia prometido. Tenho de confessar o meu alivio, não sabia o quanto ainda poderia agüentar aquele fogo todo que a juventude confere a seres tão inocentes. A cidade era uma antes a que eu pretendia chegar, logo estava perto, porem, como estava cansado e já anoitecia resolvi ficar nessa cidade e procurei uma estalagem. Pro meu azar Label trabalhava lá. Assim não preciso nem lhes revelar o quanto difícil foi minha noite. Por sorte havia levado comigo o meu santo protetor. O santo contra qualquer falta de fé em milagres o santo Viagra. Na manhã seguinte nada descansado peguei minhas coisas, que se reduziam a chave do carro e cai novamente na estrada.

Em pouco tempo notei que estava sendo perseguido por uma caminhonete que não me largava de jeito nenhum. Fui o mais tosco possível, parando no acostamento e ela seguindo enfrente, entretanto um pouco mais a frente lá estava ela, parada a minha espera. Eu acelerei o carro para tentar despistar a caminhonete pela velocidade, quando, achando ter conseguido me propus a diminuir a velocidade, bem na minha frente avisto uma blitz policial. Eles me avistaram. O policial da frente levantou a mão em sinal para que eu diminui-se, de prontidão obedeci. De repente sinto uma forte batida na traseira do carro. Era a caminhonete que a essa altura me jogara a metros de distancia para fora da estrada, no que aquela altura do caminho era no meio de um deserto, e aquela altura da minha vida me fudeu todo. Quando pelo retrovisor olhei a caminhonete vi que o motorista conversava aos risos com o policial que me acenara tentei ligar o carro. Entretanto havia eu quebrado a minha perna direita, não podendo acelerá-lo na hora da ignição. Desesperadamente, e com uma dor insuportável, na medida em que eu ainda podia suportá-la, agarrei minha perna e a encostei no banco, permitindo que eu pudesse acelerar com minha perna direita. Olhando pelo retrovisor via a lenta aproximação do policial e do caminhoneiro que percebendo que eu havia ligado o carro e começava a andar correram para os seus respectivos carros. Enquanto corriam atiravam contra meu vidro traseiro. Ainda vivo fugi. E pelo deserto andei umas 10 horas sem nada achar. Até que o fatídico aconteceu. Com o fim da gasolina, com fome e sede, o carro parou e eu adormeci.

Seria esse o meu fim...

Continua...

Imagem de Propaganda

3 comentários:

Vicky disse...

isso aqui está virando uma tabacaria hein, tem um humor que tempera toda trama.
dilicinha...

=**



MAS UMA SEMANA É SACANAGEM, MÁ FÉ, FALTA DE ETICA LITERARIA COM OS LEITORES!

Vicky disse...

QUARTA FEIRA!


e nada.....

><

Vicky disse...

''Postagens todo domingo.''


¬¬'

amanha então.

¬¬''