domingo, 14 de setembro de 2008

Curtas


Pensei em escrever sobre a escolha, sobre o engajamento e, principalmente, sobre a liberdade. Porém ao refletir um pouco mais tarde, não sei se por causa da febre que assola esse corpo, não sei se pela ardência que queima meu rosto, decidi pela via poética.
Sim isso é poesia, mesmo que em prosa, e se não for não vou lá me preucupar com nomeações. Se não é poesia é no mínimo poético, é no mínimo libertador. Mesmo que o homem esteja condenado a ser livre, condenado a escolher, condenado a reiterar escolhas para que elas continuem escolhas e não virem passado, mesmo assim escreverei sobre a beleza da liberdade de imaginar.
Quem quizer procurar liberdade, escolha, engajamento deve se dirigir a reitoria da UERJ pois lá se encontraram todos esse elementos...
Tendo dito, libero meu imaginar em oposição a minha razão.
No juizado do conhecimento a razão foi acusada, por ela mesma, de falsidade. Falsidade de vender algo do qual não possui. O julgamento foi marcado. E como defesa, acusação, e júri eram as mesmas pessoas ninguém faltou. Naquele domingo a razão ia a julgamento. A condenação da razão parecia impossível. Qualquer crime e pena que se dite a razão estava cercada. Condenar-se, a razão mesma, era condenar a todos naquele tribunal. Então Kant deu a voz de prisão: “já que não podemos condenar nós mesmos limitemos a razão...”. Desde então venho tendo pesadelos, minha razão vendo minha imaginação voar, se pergunta se não seria melhor ter sido condenada a morte do que ficar eternamente nesta gaiola?
Mas no final das contas sou condenado mesmo a ser livre, por que quem dirá que não sou eu também imaginação...Minha própria liberdade de voar.

Imagem de Autor Desconhecido

3 comentários:

Natalia Vieira disse...

...
fiquei um tempo parada pensando no q iria escrever...muitas coisas passaram pela minha cabeça...mas a única q eu acho q importa:

vc provoca inquietudes nos meus sentidos literários e sensorias...

saudade...

bjo

Vicky disse...

Esse pode ir pra parte filosofica tranquilamente.
Contexto atual que te levou a escrever isso, em sua vertente poetica politica e sua doença brincaram com nossa leitura.Dá pra brincar mais?

=*

Vicky disse...

hj é domingo se não me engano...