domingo, 14 de junho de 2009

Curtas


(tudo o que foi feito para agradar também pode ser feito para ofender, então...)

- Foi bom pra você?
-Você jamais saberá...

Tudo que não tem palavra. Não se diz. Nem se sabe si se sente (quanto “s”). Talvez tenhamos certeza de sentir, mas na medida em que não encontramos palavras pra dizer também não encontramos formas de mostrar. A não ser através de mais sentimentos. Afinal, se o que sentimos conseguimos fazer com que o outro sinta, ele ao sentir estará sabendo que não tem palavras. Porém nosso problema é cíclico. Continuamos na iminência de não saber em que medida, o que outro sente é o mesmo de que acabamos de nos dar conta de que sentimos e que tentamos fazê-lo, o outro, sentir. Talvez não possamos. Talvez não desejemos. Talvez não possamos nem ao menos querer. Talvez seja preciso nós contentar com o fato do prazer ser individual e individualizante. Talvez isso já seja um começo. Mas acredito estar mais pro fim.

Imagem de Gustave Courbet

4 comentários:

Vicky disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vicky disse...

quem nos limita é nossa própria mente...reflexivo,texto, que se desdobra e redobra...pena que essa pintura me dispersou...

ps: apaguei a msg acima pq escrevi errado...hehehe

Anônimo disse...

"individual e individualizante": limitado e limitante

Vicky disse...

ODEIO ESSE QUADRO