Hoje lembrei tudo o que você já me fez sofrer, e novamente voltei a beber. Acho engraçado como velhas lembranças podem trazer velhos hábitos. O habito que eu tinha de me amar passou pra você, mas você nem notou. Perdi velhos amigos e você achou que eu nem liguei. Ganhei novos amigos e você achou que eu me perdia de você. Ela nunca foi presa a mim, sempre foi muito independente, porem necessitava que eu dependesse dela, sendo assim acho que de alguma maneira ela dependia sim de mim, sem ser aqui de forma alguma demagogo. Sua independência nunca me incomodou, pois sempre fui muito mais independente, talvez daí a necessidade dela de me prender. Ela morreria e não conseguiria, foi o que eu pensei, mas era eu que morria aos poucos. Minha felicidade passou a ser a dela, se ela não estava feliz eu ficava triste, com o tempo isso passou a acontecer sempre. Sempre que não concordávamos ela se entristecia, e como isso me machucava. E eu continuava a morrer.
Só que minha independência, o ao menos o que sobrou dela, me deu novas amizades, novos amores, novos desejos. E o eu que morria ficava apenas na parte que a ela pertencia, como um braço que apodrece, você tem duas escolhas deixar ele tomar seu corpo ou cortar-lhe fora. Eu acho que se dependesse só de mim eu todo apodreceria. Só que eu não pertenço a mim mesmo. “Cada uma (pessoa) que passa me leva um pedaço. E todas juntas não me fazem inteiro.” Dizia a mim mesmo um dia desses. Eu que sempre achei um problema não ter amizades, amores, desejos, eternos descobri que é por ser eu feito de partes, partes eternas enquanto durarem. Eu não escolho esse período, nem as pessoas, ele simplesmente acontece. Perdão aqueles que se afastaram, um perdão maior ainda aqueles que eu afastei, mas saibam que de todos só guardo boas lembranças e desejos de que retornem e de que se vão novamente, nesse fluxo interminável vocês me formam.
Conhecerei ao mundo inteiro, sem nunca me dar por inteiro, o mundo só me conhecerá em parte. Essa é a minha sina, esse será meu pecado.
Imagem deSalvador Dali
Só que minha independência, o ao menos o que sobrou dela, me deu novas amizades, novos amores, novos desejos. E o eu que morria ficava apenas na parte que a ela pertencia, como um braço que apodrece, você tem duas escolhas deixar ele tomar seu corpo ou cortar-lhe fora. Eu acho que se dependesse só de mim eu todo apodreceria. Só que eu não pertenço a mim mesmo. “Cada uma (pessoa) que passa me leva um pedaço. E todas juntas não me fazem inteiro.” Dizia a mim mesmo um dia desses. Eu que sempre achei um problema não ter amizades, amores, desejos, eternos descobri que é por ser eu feito de partes, partes eternas enquanto durarem. Eu não escolho esse período, nem as pessoas, ele simplesmente acontece. Perdão aqueles que se afastaram, um perdão maior ainda aqueles que eu afastei, mas saibam que de todos só guardo boas lembranças e desejos de que retornem e de que se vão novamente, nesse fluxo interminável vocês me formam.
Conhecerei ao mundo inteiro, sem nunca me dar por inteiro, o mundo só me conhecerá em parte. Essa é a minha sina, esse será meu pecado.
Imagem deSalvador Dali
4 comentários:
"mas saibam que de todos só guardo boas lembranças e desejos de que retornem e de que se vão novamente"
eles se vão...
e retornam...
sempre
Adrian vá procurar um terapeuta, a coisa tá feia.
melhor curta do ano.
escolhemos nosso caminho...esse de "partes" pode ser o mais "fácil"...certamente é o mais doloroso também...vc vai ficar sozinho...a menos q vc queira ficar sozinho..aí já é outro problema...porque ninguém consegue viver assim, até consegue, mas tudo tem um preço..nesse caso..alto.
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