Do lado de fora as pessoas ao seu redor se matavam, do lado de dentro ela se matava. Enquanto esperava sua carona para lugares distantes olhava pela janela e via o mundo lá fora. Tão próximo e mesmos assim tão distante do seu, mesmo que para nos isso pareça uma incongruência. Ela ao observar de sua janela não via um tempo mais sim todos, juntos e misturados enquanto pensava si a humanidade realmente possui algum tipo de futuro. Sendo ela vidente de todos os tempos e assim também possuidora do tempo futuro fez o favor de me contar, mas não te aquietes não lhes falarei qual futuro viu ela, se é que viu um futuro para a humanidade. Minha historia é apenas de sua despedida, que foi simples e breve. Era uma tarde quente de março, bati a porta do seu quarto e perguntei-lhe se aceitava um café, ela fez que não com a cabeça e disse-me que estava de saída, me pediu que lhe amarrasse o lenço e enquanto eu o fazia ouviu-se três batidas na janela. Ela se levantou, abriu a janela e depois de apresentar-me seu colega montou em seu peixe voador e partiu. Não me falou quando voltava e nem pra onde ia, o nome do seu colega o tempo me tirou da memória, mais aquele peixe eu jamais esquecerei. Como queria hoje pedir-lhe que me levasse com ela, mas ela a muito se foi.
Imagem de Hieronymus Bosch
Ps.: A sim! O nome do cavaleiro de peixe, se é que posso chamá-lo assim, era Imaginação.
3 comentários:
P.S.: Vc esqueceu o sobrenome do cavaleiro...
Fértil!!
rarararara
bj
huuummmmm...
me caiu bem.
leve pluma,suave,coisa nenhuma...
=*
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